terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A reconciliação

O guerreiro partiu novamente. Depois de uma breve pausa, para que seu alter-ego pudesse tentar entender alguns pontos cintilantes em seu universo pessoal, resolvendo suas tempestades solares mentais, entre chuvas de meteoritos e gases tóxicos de um cometa qualquer.
A jornada continuava.
Seu caminho, após o descanso, estava mais nítido. Não havia tanta névoa perturbando seu olhar. Pensava em quantos passos daria para chegar à incerteza novamente. Tudo dependia de seu outro eu. "Ah.. esse louco universo paralelo", pensava constantemente. Ele até que gostaria de ser único, tomar suas decisões a partir de seus próprios atos. Mas uma co-existência entre universos paralelos nunca é totalmente harmônica, se um dos lados ainda não havia se encontrado.
O Guerreiro sabia que deveria procurar a paz, porque era seu destino. A procura era seu caminho. Mas econtrar de fato, somente no tempo que seu outro eu se alinhasse.
Alinhamento complicado.
Mundos diferentes e complicados.
O mundo de um é o sonho de outro. E o de outro, é um sonho. Mas qual é real?
Nem o guerreiro, nem ELE, seu alter-ego, sabia.
O Guerreiro sonhava com o dia de poder encontrar ELE. Mas só sonhava, pois já havia aprendido que sonho que se sonha só, é apenas um sonho.
...
Parou, pensou mais, refletiu.
...
Parou de pensar.
...
Nada na mente. "É do caminhar que preciso, e não do pensamento", analisou.
...
Assim, vazio, caminhou durante dias.


(Edson Egilio - 14/12/2010)

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