segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Diário dos 21 Dias – Dia 9, 10, 11, 12 e 13

Alguns dias chuvosos, tempestuosos. Dias quentes que sinto frio. O caminho do meio está surgindo. Mas chegar ao equilíbrio é muito difícil. Muito mais fácil é ser somente bom, ou somente mal.
Poderia viver na ignorância. Mas agora eu já sei que existe um portal.
Tudo ficou para trás. Tudo que eu acreditei a vida toda.
É uma longa escadaria para o paraíso... como versou Robert Plant:

"Sim, há dois caminhos que você pode seguir
Mas na longa estrada
Há sempre tempo de mudar o caminho que você segue
E isso me faz pensar"
(...)
"E enquanto corremos soltos pela estrada
Com nossas sombras mais altas que nossas almas
Lá caminha uma senhora que todos conhecemos
Que brilha luz branca e quer mostrar"

(Stairway To Heaven - Page e Plant)


(24, 25, 26, 27 e 28/11)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Diário dos 21 Dias – Dia 5, 6, 7 e 8

Os dias passam. Ás vezes lentamente, outros, sem perceber, rapidamente.
Assim continua a jornada. O universo, através dos números, me avisa que um terço já passou. Afinal, de sete em sete, é o criador quem respira.
E eu tento controlar minha respiração ofegante. 7 vezes mais.
Nem todo o projeto pode ser contemplado. Mas o livro mais importante foi aberto, e está sendo lido. Página por página me encanto com as poesias escritas em linhas tortas...
É a vida, que mesmo com seus momentos amargos, não deixa de ser uma poesia.
É minha poesia é assim, cheia de versos sem rima, e rimas sem verso.
(20, 21, 22 e 23/11)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O caminho

O Guerreiro ainda não sabia o quanto poderia ficar ali.
Debaixo daquela árvore gigante, ele meditava tal como Buda ficou seus dias esperando a iluminação. Mas o guerreiro com sua espada afiada não pretendia ser como Buda.
Só queria atingir o ponto mais alto. Tão alto que pudesse olhar para baixo e ver seu ego sozinho, chorando, implorando por sua volta.

(Edson Egilio - 19/11/2010)

Diário dos 21 Dias – Dia quatro

Como disse o poeta cuja alma não era pequena: "A espantosa realidade das coisas é a minha descoberta de todos os dias... "
Fazer desse pensamento a reza sequencial para gerar cada minuto que antecede o próximo. Cada segundo. Pois a cada um que passa, outros veem. Depois desses outros, mais outros.
Infindável escada rumo ao infinito.
Creio no credo que me consome, me corrompe, me destrói. Creio que subestimo minha própria inteligência, pois meu ego tenta me enganar. Meu próprio ego.
Olho para o lado e vejo todos invisíveis. Mas vejo. Tento entender porque só eu tenho que enxergar o invisível, o abstrato. Não sou eu quem dita as regras.
19/11

Diário dos 21 Dias – Dia três

Nada a dizer. Nada a sentir. Nada dito. Nada sentido.
18/11

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Diário dos 21 Dias – Dia dois

Muitos e muitos pensamentos rondam minha cabeça. Por enquanto, tudo está tranqüilo. É necessário manter o foco na ação. Cada ação merecer uma prece, uma oração. Os inimigos estão na espreita. O Guerreiro vai estar sempre do meu lado... e que me guie, me ilumine, seja minha visão, minha força. Que o Guerreiro seja eu, pois o inimigo já sou e o combate está em mim mesmo.
17/11

Diário dos 21 Dias – Dia um

Começou. A partida foi dolorida. Muitas coisas ficaram para trás. Após a primeira queda, levantei e continuei. Assim, a conta começou do zero. Hoje. Não acredito nos planejamentos. Cada dia é único, é um só e só estou eu.
16/11.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O caminho para o centro

Novas cores se alinham no horizonte. O guerreiro caminha sem olhar para trás. Seus passos, firmes e convictos, de suavidade também se anuncia, pois o guerreiro não pretende ser anunciado. Nem seguido, nem observado.
Também não tem planos de voltar. Sua viagem é única e sem volta. Os caminhos são estranhos mas, no horizonte, o arco íris que se torna cada vez maior, é o seu mais lindo porta-retrato de lembranças de uma viagem qualquer. Ou não.
Não é qualquer viagem.
É uma longa caminhada até o centro de seu ser. Ele sabe que algumas vezes terá retornado no mesmo lugar, pois o caminho é estranho e pode, às vezes, andar em círculos. Mas, uma vez um trecho errado, ele mesmo nunca mais enganará o guerreiro. A lição tem que ser aprendida.
De tempo em tempo ele para. Medita em seiza. Medita em movimento. Sua espada faz o vento gritar alto pelo corte afiado, seus átomos se partem em dois e, mais divididos, se incorporam aos do guerreiro. E o limpam também. O que não é bom não lhe serve e sai, se recompõe, se transforma... e o que é bom, fica.

Um mantra vem do horizonte. O sinal está dado. Ele está no caminho certo.

(Edson Egilio - 05/10/2010)