sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O caminho para o centro

Novas cores se alinham no horizonte. O guerreiro caminha sem olhar para trás. Seus passos, firmes e convictos, de suavidade também se anuncia, pois o guerreiro não pretende ser anunciado. Nem seguido, nem observado.
Também não tem planos de voltar. Sua viagem é única e sem volta. Os caminhos são estranhos mas, no horizonte, o arco íris que se torna cada vez maior, é o seu mais lindo porta-retrato de lembranças de uma viagem qualquer. Ou não.
Não é qualquer viagem.
É uma longa caminhada até o centro de seu ser. Ele sabe que algumas vezes terá retornado no mesmo lugar, pois o caminho é estranho e pode, às vezes, andar em círculos. Mas, uma vez um trecho errado, ele mesmo nunca mais enganará o guerreiro. A lição tem que ser aprendida.
De tempo em tempo ele para. Medita em seiza. Medita em movimento. Sua espada faz o vento gritar alto pelo corte afiado, seus átomos se partem em dois e, mais divididos, se incorporam aos do guerreiro. E o limpam também. O que não é bom não lhe serve e sai, se recompõe, se transforma... e o que é bom, fica.

Um mantra vem do horizonte. O sinal está dado. Ele está no caminho certo.

(Edson Egilio - 05/10/2010)

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