segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O descanso...ou descaso.

O lado direito de seu corpo doía como nunca. Estava fora de forma. Não tinha mais as flexões e os alongamentos matinais, os exercícios ao anoitecer e as longas caminhadas nas madrugadas frias em busca de uma cachoeira para purificar seu corpo.
Agora estava no campo de batalha.
Era um outro campo, de uma outra forma, só necessário e nada motivador.
Dependia dele para seus sustentos.
Não podia falar, nem pensar. Só agir. Todos dependiam dele. E ele sabia de sua responsabilidade.
Sim. Momentos de descanso eram usados para limpar a espada, polir, ajeitar o dogi, se
mexer dentro da armadura para que ela se encaixesse melhor. A dor era inevitável.
...
Voltaria logo.
Era uma batalha silenciosa. Que só ele entenderia.

Essa batalha era física. Carnal. Sua evolução não dependia dela. Um pouco, talvez.
Mas não era crucial.

O mundo teria que aguardar seu retorno... e ponto final.

(Edson Egilio)