quarta-feira, 30 de junho de 2010

O observador

No horizonte, até o último ponto visível, alguma coisa ainda estava estranha ao olhar firme de um observador singular. Uma névoa, talvez. Mas ela só encobria o que, verdadeiramente, era objeto de interrogação, de questionamento. As formas mudavam de acordo com o temperamento de quem as olhasse. Eram formas próprias de cada sentimento.
O observador precisava descobrir o significado daquilo tudo. Ou daquele todo, se assim fosse uma coisa única perdida no horizonte dos pontos visíveis de seus pensamentos.
Sabia que poderia correr até lá, mas, quando chegasse, ela estaria longe outra vez. Ela se movia conforme ele se movia. Não queria ser entendida.
Ele precisaria reconhecer seu passado, seu presente e seu futuro; e algumas coisas poderiam fazer clarear sua mente e focar melhor sua visão.
Era assim mesmo. A forma era estranha, mas seu sentido de existência nem tanto assim.
O observador ficou ali mesmo. Descansou um pouco e resolveu esperar. O foco era seu. Só seu.

(Edson Egilio - 30/06/2010)

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